segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Gostos e respeitos

Sempre me questiono sobre o valor estético, o quanto ele é subjetivo e difícil de ser definido objetivamente. No post anterior expliquei que como o trabalho com a letra é muito importante segundo meus critérios musicais, os estilos que não privilegiam isso, para mim, são mais fracos. Por isso, o sertanejo universitário é esteticamente desprivilegiado em minha opinião. Isso não faz de mim nem melhor nem pior que ninguém, é só minha opinião, baseada em meus critérios. Outras pessoas podem dizer que letra é algo secundário, o que importa é o “ritmo” cativante e tudo bem, sejam felizes, mas meus critérios são bem claros: temos uma língua belíssima e muito rica, então vamos usá-la.Canção é letra e música, se desprezarmos um dos elementos, ela fica prejudicada.
Todos os estilos musicais podem conviver muito bem, sem ataques nem grosserias, se respeitarmos um princípio básico: não obrigar o vizinho a ouvir o que ele não quer, especialmente nos horários de silêncio. Mas escrever sobre o porquê de não gostarmos de um estilo específico acho válido como tentativa de compreensão dos critérios alheios, e talvez até como chance de ser questionado e entender o outro lado.
Agora vou encerrar e ouvir o fio de cabelo comprido, que já esteve grudado em nosso suor...
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