domingo, 17 de fevereiro de 2008

Elitistas e deslumbrados

O elitista diz: se faz sucesso, não serve par mim. O deslumbrado diz: se faz sucesso é porque é bom. O Alanismo diz: A qualidade e a intensidade da experiência estética não têm relação direta com a divulgação e a recepção da obra. Sejam os Beatles, seja o Violeta de Outono, o quanto são consumidos e assimilados é irrelevante para quem quer levar a experiência estética a sério. Quanto vendeu ou deixou de vender é problema da gravadora, da editora, etc. O problema de quem tem a experiência estética é a fruição da obra, em todos os seus níveis. O impacto que ela tem ou não na sociedade é apenas um deles.

2 comentários:

Anônimo disse...

Um grande amigo meu, também admirador do alanismo,
sempre me citava um poema referente ao Guamá. Não posso deixar de citá-lo:

quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar

— lá sou amigo do Alan —

Lá morenas* vão me querer,
Na rede, cheias de afã
Vou me embora pro Guamá.

* Leia-se "morena do rabão".
(Esse amigo atestou-me que gostaria de ter colocado o sentido real de "morena", o que ressignificaria o poema adequando-se ao real lirismo da visão masculina da população guamaense, mas por questões de simetria, optou pelo substantivo sem frescurites)

Unknown disse...

A estética é muito discutida e pouco concluída, em geral mal concluída. O que o Alanismo diz é pertinente aos que buscam uma experiência livre de imposições. Sou adepta desta visão e perseguidora desta experiência sem andar ressabiada com o coletivo, talvez seja hora de buscar o particular.