segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Meu futebol


Eu, como a maioria dos brasileiros, adoro cerveja, mulher e futebol. Mas tudo do meu jeito. Gosto de cerveja escura e encorpada, não da água fraquinha que as pessoas preferem. Não suporto mulheres “gostosas e burras” estilo programa de humor antiquado, e em futebol não consigo me empolgar com clássicos locais. Remo ou Paysandú, tenho mesmo que escolher e endeusar um, e odiar mortalmente o outro? Pergunta retórica e idiota para a maioria, eu sei, mas é assim que eu sou. Eu sou os dois, um híbrido esquizofrênico talvez, mas muito eu. Que me importa o Gre-nal, o bom mesmo é ver o Grêmio ganhar do Corinthians, do River. Quanto maior a dimensão geográfica da partida, mais me interessa. Uma cidade apenas é pouco para mim.

Isto posto, é com tristeza e não com ironia que vejo o Remo ameaçado de eliminação na série C. Nosso pobre, corrupto e bagunçado futebol paraense, que já viu dias muito melhores, se arrasta melancolicamente tentando se reerguer. Conseguiremos?

Um comentário:

Anônimo disse...

Não se pode servir a Deus e a Baal, acho que diz a Bíblia (não sei ao certo e nem faço questão de saber).

Como podes criticar o racismo e o "trabalho" e ficares feliz com vitórias de um clube que é a síntese disto tudo?

A mim muito importa o Gre-Nal. É quando esta gente lindamente mestiça deste Estado tem a oportunidade de subjugar o preconceito que aqui impera. Eu gosto quando o Clube do Povo, fundado por "forasteiros" que aqui chegaram e foram, por serem forasteiros, impedidos de praticar o futebol, faz calar os cantos racistas que os nossos "castelhanos" (perdõem-me os castelhanos) enchem os pulmões para cantar.

E, para minha felicidade, é o que sói acontecer.

Afora esta pequena inconsistência, devo dizer que achei muito bom teu blog. Parabéns.