quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mineiros e argentinos


 

Vou assistindo uma bela vitória do Cruzeiro sobre o Estudiantes de La Plata, que acontece em estádio bem danificado pelo show do U-2. Um de meus times brasileiros favoritos, o Cruzeiro vai muito bem nesta libertadores, e nos intervalos entre uma jogada e outra vou lembrando de um argentino que sempre escuto nesta época do ano: Luis Alberto Spinetta, um dos maiores poetas do rock porteño. Curiosamente, em vários momentos ele me parece ter um quê de mineiro na composições, na entonação, no jeitão. Desde a primeira música de sucesso do ex-grupo dele lá nos anos 60, o Almendra, ele já soava como a versão Argentina do 14 Bis (comparação que se pretende honrosa para ambos, por favor).
            A construção das melodias, as texturas, tudo se encaixaria bem na música mineira, não fosse o idioma espanhol e certas temáticas bastante argentinas. Lô Borges ou Milton Nascimento não fariam uma música para o atacante do River, mas talvez fizessem para o Cruzeiro ou o Atlético... Não sei se um mineiro desenvolveria um tema como “Durazno Sangrando”, mas dá para imaginar o Flávio Venturini mandando “Alma de Diamante” com toda a propriedade, ou o Spinetta cantando “Um girassol da cor do seu cabelo”

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