sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A música de que gostamos

Porque gostamos do que gostamos? Uma pergunta cuja resposta poderia render extensas teses de doutorado, e que tentaremos abordar aos poucos. Especificamente na música, para limitar o campo.
Primeiro, consideremos que nosso gosto não é “natural” nem espontâneo: é construído socialmente. Basicamente vamos aprendendo a selecionar entre as opções que temos, de acordo com nossas experiências pessoais. Curiosamente não nos interessamos pela música folclórica do Paquistão, mas ouvimos sem problema estilos musicais correntes no lugar e no tempo em que nos situamos.
Nosso gosto é delimitado historicamente, mas também há uma boa dose de subjetividade envolvida. Aquela canção especial naquele exato momento pode mudar nossa vida, sabemos muito bem. Mas o que nos levou a ter acesso àquela canção especial? O fato objetivo de que ela circula em alguma mídia capaz de chegar até nós.
Então esses dois aspectos são importantes na experiência musical: que condições permitem que tenhamos acesso a certos tipos de música, e como essa música interage com nossa subjetividade, nos fazendo responder a ela de maneiras diferentes.
Pensemos nisto por enquanto, e antes do próximo comentário escutarei uma banda húngara maravilhosa chamada Muzsikas, cuja vocalista Marta Sebestyen tem uma das vozes mais perfeitas que o ser humano já produziu. Como cheguei até eles? Uma amiga me emprestou o CD de uma banda na qual ela fazia uma participação especial. Escutem aqui, talvez vocês concordem, talvez sejam indiferentes, pois assim é a subjetividade. 


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2 comentários:

rebeca. disse...

Semana passada comei a gostar de The Smiths, acho que uns 3 anos depois de tu nos apresentar "Cemetry Gates" em uma aula.

Não entendi como raios não escutava isso antes.

Thomás R. Boeira disse...

Oi Alan!

Coloquei um selo pra ti lá no blog!
Dá uma conferida.

Abraços